terça-feira, 14 de outubro de 2008

As Voltas das Pontes Dourto e Tejo

Amigo vou falar-te das Pontes de Entre-os- Rios Douro das de Lisboa Tejo.
A quando da Queda da Ponte em Entre -os -Rios que originou mais de meia centena de mortos, todos nós chegamos a pensar que as suas perdas ficariam em parte compensadas por um melhoramento no acesso das Gentes das suas Freguesias. Puro engano. Apressadamente foram feitos estudos e tomadas decisões para que assim tudo parecesse uma compensação apropriada. Há muitos e muitos anos que sabíamos que um dia a tragédia poderia vir a acontecer, bastava ler documentos da época para ter conhecimento que não foi possivel concluír os trabalhos do Pegão por as condições de trabalho não o permitirem. Já em 1909 data da maior cheia que o Douro suportou, estiveram as tropas prontas para cortar o patamar da Ponte, o que só não aconteceu porque o teu caudal Amigo começou ao baixar e o perigo de inundação de Entre-os Rios e Torrão deixou de existir, apesar de não ter faltado muito. Mas contava o meu Avó homem natural da Freguesia do Torrão que diziam na ocasião que não valia a pena esse trabalho de cortar porque se o caudal subisse até ao tabuleiro com ancoramento das árvores e a prisão das águas, o Pilar não aguentaria e como tal a Ponte caíria por si própria.
Acompanhei o Directo das Televisões: foi marcante ter conhecimento da tragédia e do número de vitimas, principalmente para aqueles que como eu conhecia e já tinha convivido e trabalhado com alguns deles. Para quem andasse distraído e a ouvir discursos belos, poderia acreditar que aquelas vidas não teriam sido perdidas em vão e uma forma de perpetuar as suas memórias e aliviar o sofrimento dos seus familiares e conterraneos, seriam os melhoramentos que tal tragédia traria, com um melhor acesso a essas Freguesias. Há muitos e muitos anos que Sebolido, Rio Mau, Melres, Pedorido e Raiva reinvindicam uma ligação entre as duas margens pela construção de uma Ponte, uma vez que prometeram construir uma nova Ponte e fazer mais uma de novo , nada mais natural esperar que uma delas viesse a ser nestas Freguesias que delas necessitavam como do pão para comer. (Sonho Imaginativo) para aumentar as dificuldades ainda deixaram acabar a travessia de barca que se fazia de Pedoprido Rio Mau e vice -versa.Hoje quem se encontrar em Rio Mau e tiver necessidade de se deslocar em frente a Pedorido tem no minímo de andar de carro 30 Km . Mas como ousa dizer-se que quando a Esmola é grande o pobre desconfia e na verdade o que veio a acontecer foi implantar uma ao lado da outra como a vigiaar-se e a quem como eu que por vezes as utilizo ou é da minha curta visão, ou então estou certo e não encontro uma justificação viável. A não ser a de mais vale parecê-lo de que sê-lo. Perderam uma boa oportunidade de poderem servir minimamented as populações destas duas margens. Mas já vai da sorte.
Amigo Douro! Infelizmente também o nosso Amigo e teu irmão Tejo tem os seus problemas. Se não vejamos: A ponte que actualmente se chama 25 de Abril, começaria por ser a ponte sobre o Tejo,posteriormente Ponte Salazar. A outra que eu muito recentemente conheci chama-se Vasco da Gama. Quando muita gente se interroga porque uma delas não se chama Bartolomeu Dias, ou uma ter ambos os nomes destes dois Ilustres Navegadores, a exemplo da Ponte da Barragem Levcer/Crestuma. Mas a Lisboa que eu durante anos vivi conheci e amei um destes próximos anos passará a Chamar-se em vez de Maria Lisboa, A Lisboa das Pontes. Porque sempre que falam em grandes pontes no Tejo é de Lisboa não sei para onde e de onde para Lisboa. Quanto aos nossos dois Ilustres Navegadores: como sabes nutro por eles uma enorme admiração, em primeiro porque conheço as suas façanhas, depois porque naveguei em rotas anteriormente navegadas por eles e para quem como Marinheiro da Marinha de Guerra Portuguesa teve o privilégio de embarcar nos navios com os seus nomes só pode orgulhar-se por issso. Mas se Vasco da Gama no dia 8 de Julho de 1497 partiu de Belem com 3 navios e um barco de carga e 180 homens e chega a Calcutá India em 1498. Bartolomeu Dias que descobriu e contornou o Cabo da Boa Esperança, só foi autorizado seguir viagem até Cavo Verde, caindo na desgraça do Rei, por não ter tido conseguido dominar um Motim a Bordo do seu Barco. Mas por todo os seus feitos históricos deveria ter no tempo presente a devido referência a que tem direito por mérito próprio.

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